domingo, 22 de março de 2009

Silêncio

E ela disse com um meio sorriso: “ Eu cansei de ser o nada,aprendo a viver sem você”.
Em frações de segundos o que era platônico veio pro mundo das verdades,onde nada é tão puro assim,e ela descobriu o que é chorar sem sentir coisa alguma,como é duro verdades escondidas e algumas outras contadas.
Saber o que ninguém sabia e fazer segredo do que não queriam saber não era a melhor forma de esperar ter o que queria sentir por um segundo, e por medo, guardar para si mesmo o que se ouve demonstrando um sorriso.
A alma já apodrecida por remorsos e pulsantes melodias,um som cortante escapando pela garganta e o doce palpitar de um órgão que já não sabe-se a função,milhares de facetas e corpos multicoloridos,mas nenhuma com vida.
“Eu só quero sumir,os gélidos domingos me depreciam.”,disse ela em um suspiro,como se tivesse dizendo a si mesmo,tentando esconder tudo o que se passou por segundos e em uma corrida sem explicações foi-se embora.
O que havia acontecido ali,pensou,era algo do passado,contudo,depois de uma noite percebeu que não era assim.
Ao se levantar observou que os pensamentos não foram ditos e a pequena frase não tinha valor,era como se só não quisesse a amizade e provou o gosto amargo das palavras.
Foi assim que percebeu que as vezes o silencio pode ser a melhor opção,embora doloroso.