quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bateu saudade.

Confesso, hoje bateu saudade, não de você, dos momentos com você, de quem você era, das suas risadas, dos nossos passeios, dos nossos momentos mínimos, das nossas fotos e dos nossos sonhos, como bateu saudade, mas junto com tudo isso veio o gosto amargo de saber que você não tem mais esses sonhos, não espia essas fotos, não guarda esses mínimos, não passeia esses passeios e nem ri dessas risadas.
O tempo suga tudo, sugou você e deixou o eu, deixou o seu antes e trouxe esse seu depois, trouxe o meu depois também, mas digo simplesmente, como bateu saudade, essa saudade doce, azeda, essa saudade fina, aguda.
Bateu saudade, bateu ciúme, ciúme de saber que sua vida não está tão conectada ao meu mundo, que o para sempre foi sugado por canudos divinos, é bateu tristeza também, a tristeza da certeza do distante, em verdade, bateu tanta coisa, tantos sentimentos, mas eu ainda digo em um tão mais acido, mais forte: Ah, como bateu saudade.