terça-feira, 13 de março de 2012

O singular




Esses dias ouvindo TM me lembrei de momentos únicos, os tempos de escola é quem nos dizquem seremos , ele cria laços eternos e uns que morrem por lá, sempre que encontrava com alguém ouvia: “Sinto tanta falta da escola.” , e eu sempre respondia: “ Eu nem tanto assim.”, porém ouvindo as músicas que tanto ouvíamos, descobri o que é sentir falta, mas não é da escola e sim dos momentos.
Algumas pessoas nunca serão esquecidas, nunca mesmo, mas se alguém será muito lembrado por ter feito disso tão singular, até quando eu estiver bem velhinha e perguntarem do meu colégio , esse alguém será Denis Chaves Lentini, desculpem- me os outros, vocês também são únicos, mas ele foi o singular, ele foi o meu colégio, mesmo com as brigas, as gritarias e todas as merdas.
Isso não é uma declaração de amor e nem é um puxa-saquismo, isso é só o texto que resolvi fazer sobre o meu colégio.
Sentirei falta dos momentos, mas enquanto eu respirar ele terá sido o colégio que eu vou lembrar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Bater de asas

Posso até dizer que não foi nada, que isso acontece, mas a verdade é, foi tudo, amargo, doloroso e único, mas único no sentido ruim, engolir palavras dói mais do que solta-las e ouvi-las, sem ser a sua verdade, dói mais ainda.
Veja, o quão engraçado é, somos criticados por comparar, apontar, desconfiar ou duvidar, mas não nos poupam ao dizer que é errado, não perguntam se está doendo, se você se sente bem, feliz ou vivo e se quer ouvir, vêem as lagrimas, porém não perguntam o motivo do choro.
Minha avó dizia que chorar é fraqueza e eu, digo que isso nos torna humanos corajosos, por muito tempo tenho sido covarde, e até mesmo evitado quem me julga assim, contudo, olhando no espelho vejo na minha face o quão covarde eu sou e com dor no peito tenho chorado abertamente para mim, posso estar sendo fraca e medrosa, mas é o que posso ser no momento, ainda estou me preparando para o vôo e quando eu saltar, me esquece que eu não volto, o meu medo de ser só me segura, mas a dor tem feito com que eu queira voar e ultimamente tenho aprendido que chorar impossibilita o bater de asas, e uma hora nós temos que escolher entre ficar ou ir.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

California

Ele disse que era muito apropriado eu ser dele, e eu o encarei com um sorriso amarelo dizendo que não sabia se era assim e o por que daquela apropriação toda, ele só me disse que era apropriado e bastava.
A minha vida inteira sonhei um romance, e ele se quer ria das minhas piadas e concordava com os meus ideais, tudo bem eu não ter ideais tão fortes assim, mas eram meus e eu queria dividir com alguém, queria que alguém risse das minhas frases bobas e passeasse no centro comigo de mãos dadas, e bem, ele não era esse, muitos podiam ser esse, mas ele nem era esse, ele não descia a 15 comigo e dizia que a loja hippie dali era a melhor, ele se quer teve o prazer de fazer isso, eu queria ser grande, e ele não me deixava nem ser média, ele me afogava nos medos dele e os medos dele eram os meus, e eu não queria medos, eu não queria o apropriado, eu queria o mar, eu queria o mundo, eu queria a California, não a Praia Grande, nesse momento percebi que estar ao lado dele era pouco, pintei – me e fui.
Fantasiar-se para o mundo era o mais certo, enquanto não achava o que me tirava a mascara, eu só tinha certeza de algo, eu queria ser grande e ficar me faria pequena, porem não posso dizer que ele não marcou, meu primeiro grande amor era um cara bacana, de bom coração, mas muito apropriado, então eu fui, fui sem olhar para trás, porque de um jeito muito estranho eu sabia que se eu olhasse voltaria e nunca mais mar, nunca mais California.É triste saber que aquele amor não te fez imortal.

Mudanças

Muito tempo que não escrevo, mas hoje resolvi tentar, a menina de exatas quer falar de mudanças, pois é, algo inevitável.
Eu como uma boa taurina detesto mudanças, eu nunca as escolhi de certa forma, elas me escolheram. Lembro da minha primeira grande mudança, foi quando virei “mocinha”, todas as meninas da minha idade pensavam nisso, exceto eu, contei para minha mãe em pane, e ela sorriu toda feliz enquanto eu chorava, naquele momento sabia que teria cólicas, TPM e já não seria tratada como criança, e sim como uma moça, mas ninguém me perguntou se eu queria ser moça, ninguém.
Hoje com dezoito anos a vida ainda não pergunta se eu queria mudanças, ela só muda, a minha melhor amiga já nem é tão melhor amiga assim, a minha amiga que saia comigo para o centro e me fazia rir, nem vejo mais, o cara em que eu passava as tardes ouvindo musica e tomando coca-cola nem olha mais na minha cara, o meu melhor amigo, aquele que conheço desde os doze anos, não se preocupa mais em como está desenhando ou se tem pelos na perna, ele cresceu, o cara em que eu conversava na internet sumiu porque está noivo e eu, eu fui forçada a mudar, a aceitar tudo isso sem dizer uma palavra ao mundo.
Eu sei, as coisas têm que mudar, eu tenho que aprender a dizer adeus, não vou dizer que sou infeliz, pois não sou, mas é tão difícil olhar para trás e perceber que tudo aquilo hoje, parece que não teve importância.
Conclusões que eu posso tirar é que a vida sempre segue, que para se ter alguém ao seu lado os caminhos têm que ser iguais e o amor, sempre me disseram que quando se ama você se sente imortal e de verdade eu ainda sinto que posso morrer a qualquer momento.