quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

É só para agradecer mesmo...

Nessa mesma época do ano passado, eu pensava e fazia planos para 2009, aqueles que quase ninguém realiza, e realmente, não realizei metade, mas enfim, não estou escrevendo para falar do que deixei de fazer.
Esse ano foi legal, 2º ano colegial, cursos, amizades novas, passeios, programas de índios, coisas típicas de pessoas da minha idade. E falando em amizade queria agradecer a todos aqueles que me agüentaram, e olha que é complicado fazer isso, são eles: minha família; meus primos, inclusive os emos; a turma da escola; Natália, é amada muitas coisas com você; Felipe, sem comentários para esse porra louca; Daniel, brisado; Priscilla, tantos anos e ainda amigas; Caio Henrique, meu reclamão; Caio Tadeu, meu powerpop; Helena, sempre a melão; Thais, sem ela, o espanhol nem ia ter graça; Danilo, some, mas é eterno; Gabriela; Mayra, morangomorango; Lucas, sempre Pedroca; a turma do curso; e todos que fizeram a diferença em mim, amo vocês.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Fechar os olhos.



Eu vejo gente morrendo, mesmo estando viva, eu vejo as pessoas se perdendo e não é de caminho é de vida, eu vejo as lagrimas secas nos rostos sujos dos mendigos, eu vejo os jovens jurando amor eterno por um dia, e vejo sexo sem compromisso, corpo por dinheiro, e eu vejo e sinto o cheiro da erva, e bebo para esquecer toda essa vida amarga que nós fingimos ser doce, toda essa hipocrisia maldita.
Eu vejo o preconceito nos olhos e vejo a ignorância e a falta de pudor nos corpos machucados, eu vejo crianças chorando ao invés de sorrir, eu vejo o mundo indo e eu voltando, eu vejo o dia caindo e nada mudar.
Falo e ouço coisas bonitas, mas nada é bonito na solidão das almas, eu ouço no noticiário e leio sobre suicídios e ouço as pessoas dizerem que isso está errado e eu penso que tudo está errado, que é fácil se matar quando a vida é uma merda, quando você dorme e não sabe se vai acordar com a cabeça rachada, se amanhã vai ter um sentido para lutar.
E eu vejo as pichações nas ruas, e depois escuto alguém dizer que isso é um modo de se expressar e outros reclamam falando que a acaba com a cidade, mas eles jogam lixos e emporcalham e a deixa mais cinza do que ela já é.
Depois, nós nos fazemos de bonitos e modernos e dizemos: “Moramos nas cidades cinza, cidade que nunca para”, cidade que não para e que meias verdades são jogadas, porque as verdades estão nos bueiros, perdidas com as traças, com o lixo e com os insetos.
E eu me pergunto aonde vamos parar, e até quando eu vou ter que fechar os olhos em conjunto com os desconhecidos que andam por aí.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Cume

E quebro todos os laços agora

Finjo que não importa
E fecho mais uma vez a porta
Não lhe deixo entrar

Permaneço no meu orgulho
No meu sono profundo
E fico lá no fundo
Vendo-te partir

Dou um breve sorriso
Silencioso soluço
E começo a ir

Degenero-me no ciúme
Levo meu amor ao cume
E debato-me mune

sábado, 5 de dezembro de 2009

É tarde.

Eu deveria gostar
Mas eu não gosto não
Você me deixa perdida
Nessa sua confusão

Me dá meias verdades
Me conduz a metade
Do seu coração

Eu deveria sorrir
Com todas suas cenas
Mas tenho medo de me degradar

E pra falar a verdade
Amor, é tarde
Mas eu não sei te amar

Você me tira do sério
Tem assuntos paralelos
Prontos pra me atacar

E se eu te olho com pena
Ganho recompensas
Por dissimular

E me pega apertado
Deixa rastros
E depois vai escapar

E pra falar a verdade
Amor, é tarde
Mas eu não sei te amar

E pra falar a verdade
Eu sei, amor, é tarde
Mas eu não sei te amar

sábado, 28 de novembro de 2009

Um amor em você.

A água vai ter evaporado, a sopa esfriado, o sorvete derretido, e enquanto isso eu vou ficar aqui com o silencio nos lábios e o vento nas faces, e eu vou sentir o meu pulmão fraco, mas creia, eu estarei aqui, até o ultimo pulsar, até o ultimo olhar de alguém, eu vou esperar você, até eu me sentir vazia.

E se um dia vier ao meu encontro, eu vou lhe sorrir e dizer que você até seria tudo o que eu queria, mas não o que eu precisava, e que toda a necessidade que eu achava ter, me forçava a inventar um amor em você.
Você fará cara de espanto, como se fosse impossível, e eu lhe darei um olhar de piedade e um meio sorriso confuso e cansado.
Depois, tentará me agredir com ciúmes findáveis e, eu ainda estarei fraca demais para lhe dizer algo, para lhe fazer pose, mas vou até fingir raiva e me fazer ameaçada para acarinhar o seu ego.
E quando você se despedir, eu vou e não terei sentido toda a sua presença aqui.

domingo, 22 de novembro de 2009

Cafeína

Olhei a garoa pela janela e senti o ar mais quente, a música e o verão não eram agradáveis, não para mim.
O cheiro de café que vinha do copo abandonado na pia me fazia lembrar, e pensei em como muitas vezes somos como o copo, temos todo o café dentro de nós e alguém o toma e nos larga em cima da pia, da mesa, em qualquer lugar.
Pensei nele, em como ele nunca percebeu o café em mim, e como nunca vai perceber, em como vai deixar esfriar, e eu, me pergunto, como posso ter visto uma boca nele, um consumidor de mim, nele.
E todas as vezes que ele me ejeta cafeína, me faz ficar ansiosa e nervosa, e animada, e apaixonada, e como me toma isso, como faz com que eu queira mais e mais, e depois tenha vontade de deixar para lá, de ficar em paz, de sair do quase colapso que sei que pode ser.
Se ele soubesse como é excitante estar com ele, e como é necessário, e como é chato e estressante não estar, a minha droga, a minha cafeína, contudo que não sabe disso.
No entanto, com o meu hálito de café deixei todos os meus pensamentos, e fui para a vida, sem ele por perto, deixando a pia, a garoa e o verão a margem de tudo isso.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A falta da falta.

Quando eu sentir falta das brigas, vou perceber o que é a falta da falta.
A falta da falta de palavras, a falta da falta de brigas e de conversas intermináveis, a falta da falta de um censo em comum e a falta que tudo faz.
E vou sentir a falta de ligar para dar risadas e de não fazer nada, nada com alguém, nada com ninguém, e vou sorrir e vou chorar enlouquecidamente, pensarei em voltar muitas e muitas vezes e, quando chegar a hora verei como tudo mudou, e vou querer ir para onde estava, sentir a falta da falta e ficar com a imagem bonita dos nossos corpos jovens.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Seja e me liberte.

Deixe-me intocável, não faça com que eu seja da sua vida e você seja da minha, deixe-me no silencio olhando os azulejos antigos, lendo meu livro e sendo eu. Não queira me ver em você, e nem que eu seja sua vida, seja livre e me liberte também, contudo, note-me, veja quem sou, não espere eu me jogar dessas grandes janelas para perceber o quão grande é o amor, se é que é amor.
Ande, converse e brinque com quem quiser, mas não brinque com os sentimentos da paixão, você não sabe como são todos os perfis, você não sabe nem a metade de um.
Não se queixe tanto da vida, veja a com olhar de criança e sabedoria de idoso, e, por favor, não me mantenha aqui, tão perto de você e sem melodia nenhuma, não me faça de boneca de pano, a qual você pode jogar quando estiver rasgada.
Acredite, vê-lo não é tão legal como semana passada, saber que nunca pertenceu a alguém verdadeiramente me deprime e me deixa feliz, mas seja, torne-se e me liberte.

sábado, 10 de outubro de 2009

Ao lhe ver.

E todos os meus sonhos serão seus essa noite
Todos os meus sentimentos irão para você
Tente me ouvir, tente me entender.

Nos meus caminhos procurei alguém
Alguém, não sei quem
Que completasse o vazio com os defeitos
Que apossasse de todos os momentos

Eu posso me ver em cada esquina
Menos onde você está
Não me explique, deixe-me mostrar
Como é em você se encontrar

Eu que ouço dizer das palavras
E que falam que as faço chaves
Saem voando feito aves
Da minha boca ao lhe ver.

Um adeus.

Eu tenho mudado por mim, nada tem sido pensando em ti, tudo o que eu queria era te ter ao meu lado, mas hoje mudei, percebi que isso não vai me fazer uma pessoa melhor, te ter ao meu lado seria legal, contudo não mudaria o que eu sou, e com todas as ocasiões, eu vejo que tenho que fazer por mim, amar por mim, viver por mim e morrer por mim, não por ti. Sim, já podes me dar um adeus, mas com cautela, ainda vou sofrer.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nada nesse instante.

Tem dias que acho que não vou agüentar, só queria um motivo para acreditar, e um minuto de descanso, algum lugar calmo para ficar.
Não que esteja bagunçado aqui, eu que estou desequilibrada, preste a cair em algum passo.
Não estou presa em algum pesadelo, queria estar, mas é duro saber que tudo é realidade. Que todo o esforço foi vão, e os elogios tolos, tudo o que eu fiz foi tolo, e foram tolices por nada, NADA.
É duro ver que depois do tudo, vem o nada, vem o vazio, e confesso, o vazio não é tão cool assim.
Eu não posso pedir para voltar o tempo, e nem vou falar para ele: “Vá, vá rapido, sem parar”; ele sempre vai mesmo, e eu nem vejo, quando vejo já é meia noite, já raiou e ainda estou imóvel na cama, querendo ficar nela pelo resto de minha vida, e ninguém se importaria, em me deixar dormir, dormir e dormir.
O que eu sempre perguntei é se iriam sentir a minha falta, se iriam me elogiar depois de tudo ou falar “Já foi tarde!”, eu realmente não sei.
Sei que estou cansada, e me resumo a nada nesse instante.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nostalgia.

Eu gostava dessa época, mas como temos que ir em frente, então deixe-me só relembrar um pouco.

Nos meus depoimentos, era assim:

✖ Lucas


Você é bem mais que um capitulo,consegue ir e voltar sem se fazer ausente,nesse momento seu nome é algo constante,e a brisa por momentos o sopram fazendo-me lembrar,como uma rocha não pode amar?Se é o que sinto por você.
Palavras não conseguem expressar com exatidão,mas registram uma pequena parcela da minha emoção.
Nunca fui de me emocionar,me faço morbida e egoista por receios dessas,embora consiga dizer do meu jeito,ao meu modo o que significa o seu nome.
Você,Lucas,é meu coadjuvante favorito,pelo menos nesse capitulo,meu grande amigo.
 
Ele continua sendo, mas o tempo muda. E vira uma nostalgia.

domingo, 13 de setembro de 2009

Feito pela Nathi.

 Simplesmente Você. Uma amizade de valor.


Ser sua amiga, é de repente, sentir vontade de falar de amizade. É sentir vontade de sorrir pra lua... ou sair pela vida a cantar! É sentir vontade de ter o mesmo brilho do sol, para em um segundo, te iluminar. Ou pedir licença da chuva, enquanto ela cai, para poder chorar!
Ser sua amiga, é parar com a rotina da vida, a qualquer momento, e se lançar em uma aventura mágica, sabendo que a vida, é tempo. É refletir em busca de respostas para tudo o que acontece. É procurar o lado bom do dia, no momento que anoitece.
Ser sua amiga, é constatar que ninguém entra na nossa vida por acaso. É saber que há amizades que são verdadeiras formas de oração. É agradecer a Deus, por cruzar os nossos caminhos, no mesmo compasso. É sentir vontade de falar neste simples texto, de coração para coração.
Ser sua amiga, é pensar em você, e sentir vontade de dançar. É sentir o coração transbordando de uma felicidade que é bem vinda! É sentir vontade de ter você por perto... para poder te admirar! Por quê você, Bianca, é alegria de viver! Você é uma pessoa linda!
Ser sua amiga, é saber que existem pessoas que são puro amor e carinho! Que possuem um coração grandioso, como o dos pássaros que protegem os seus ninhos. Sem considerar a sua imensa generosidade, mas ressaltar o que o meu coração sente, por quê de tudo o que me deste, a sua amizade é o maior de todos os presentes.
Ser sua amiga, é falar com simplicidade, dessa minha imensa felicidade. Em ter sua sincera amizade, e de repente, aqui mesmo... nesta parte do texto, sentir vontade de improvisar, e parar com as rimas, deixando de lado os versos, abrir ainda mais o meu coração e orar: Amiga, que nossa amizade seja sempre forte e resistente aos transtornos que por ventura, possam aparecer. Que saibamos sempre passar por cima dos estresses da vida, com classe e bom humor! (o que é difícil eu sei com uma pessoa como eu).
Pensando na nossa amizade, penso em Deus, que é presença viva em nossas vidas. Ele, que sempre nos abre novos caminhos, exatamente quando pensamos que estamos chegando no final da estrada. Foi em um desses momentos que você apareceu aqui e me estendeu a sua mão.
Você chegou aqui com sua luz que resplandece e brilha até na escuridão. Foi Deus que trouxe você para a minha vida e também me colocou na sua. Para que algo de bom acrescentássemos uma à outra. Foi Deus que abençoou a nossa amizade!
Quero, em outras palavras, simplesmente, te dizer: Amiga, obrigada por ser parte da minha vida.

Simplesmente Te amo, amiga.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Barradas na Luz.

O dia em que fomos barradas na estação da Luz, foi um dos dias mais engraçados da minha vida. Bem, não fui barrada, e talvez essa meia hora de tédio e piadas, não fique tão engraçado no papel.
Fomos à Luz conhecer o museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca, depois do passeio para encurtar o trajeto resolvemos pegar metrô. Passei na catraca e minha amiga passou o dela, só que quando ela foi passar ela ficou barrada.
Ela com aquela cara de desespero, e eu querendo rir, não sabíamos o que fazer, então fomos falar com o guarda, pedir ajuda, ele disse para falarmos com o homem da cabine, esse, simplesmente, nos olhou e disse:
- Não posso fazer nada, tem que esperar.
Minha amiga que estava com tensão pré-menstrual resolveu xingar o mundo, e enquanto isso fazia, piadas para descontrair, piadas vãs. E quando já cansadas de esperar ao som do hardcore, uma senhora nos distrai ao chegar desesperada para o guarda dizendo que havia perdido o marido, não conseguimos nos controlar e rimos na face da senhora, que depois de uns dez minutos recuperou seu marido, esse qual, a segurava pelo braço com uma expressão nervosa.
-Nós fomos barradas, mas não vamos apanhar do marido. Disse ela, e riu-se com aquele agudo gostoso.
Nesse período tomamos uma Coca e chupamos bala de paçoca, rimos, fizemos piadas e descobrimos o que é ser barradas na Luz.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Não tranque a porta.

E você que nada sabe sobre a minha vida
E a sua que já não é tão minha
Se perdeu na batida dos dedos no teclado
Caiu em algum buraco.

Sobre a minha vida já não sabes mais
O seu plano já não me satisfaz
Perdidos os meus, em alguma avenida
De uma cidade sem e com vida

Façamos um pacto
Fique em silencio
Fique calado

Finge que ainda gosta
Finge que ainda tem prosa
E por favor não tranque a porta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vem dançar.

Me deixa dançar com você
Juro que não sou tão mal
Minhas pernas nesse corpo tão seu
Vai ser algo tão banal

Confesso que não sei dançar
Mas você pode me ensinar
Basta sua perna na minha, ai ia
E tudo vai girar

Vem dançar
Vem me mostrar
Vem, deixa eu te falar
Garanto que vai amar

No swing do seu abraço
Eu quero brindar
O nosso corpo suado
Algo a sussurrar

Vem dançar
Vem me mostrar
Vem, deixa eu te falar
Garanto que vai amar

Não sei dizer
As palavras pra te prender
Mas deve saber
Que tudo o que faço
É pensando em você

Vem dançar
Vem me mostrar
Vem, deixa eu te falar
Garanto que vai amar.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O tempo.

Quando se vê passou todas as horas
E você nem falou o que queria falar
Você nem conseguiu mudar
Nem teve o tempo ideal pra tentar

As espessas rugas chegarão
Algumas pessoas te ligarão
Outras nem notarão
E com você não falarão

Então, fale o que tem que falar
Mude tudo o que quer mudar
Nunca desista de tentar
Mesmo não tendo quem ajudar

Assim as rugas poderão chegar
As pessoas irão ligar
Não sei se vão notar
E com você falar

Mas, nem vá se importar
Só não deixe tudo como está
Mude, tente inovar
Ah, e não se esqueça de se amar.

domingo, 6 de setembro de 2009

Caminhar


Depois de um tempo nos resta o silencio, não que não queiramos conversar, mas porque é melhor, o silencio sempre me foi confortador, ele desloca a dor do centro e deixa só o vácuo.
Eu já não me incomodo com o vácuo, fui criada nele, sozinha. Sinceramente, às vezes acho bem cansativo só ter as minhas pernas, queria um segundo par pra ir comigo, seja um romance ou um amigo.
Penso que devia esquecer, guardar alguns sorrisos no bolso e somente caminhar, deixando minha sombra me guiar, mas e quando está tão escuro que a sua sombra se esconde, o que fazer? Parar, se esconder, ou simplesmente continuar cegamente.
Não, eu não sei, mas vou continuar cegamente ou enxergando todos os horizontes, com ou sem a música.
Só vou caminhar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Era pra ser uma música...

E eu deixei a porta pra você sair
Mas fechei meus olhos pra não ver partir...
E só sobraram resíduos da ilusão
Alguma forma pra aliviar o coração

E os meus dias hoje passam devagar
Querendo sempre poder te falar
Que as noites são mais frias com a solidão
E eu vivo procurando uma redenção

Às vezes acho que estou melhor sem ti
Depois descubro que não sou nada aqui
E em nenhum outro lugar
Como que eu vou poder respirar
Se sem você perdi todo meu ar

A minha vida já não é mais igual
Eu procuro soluções no jornal
Velhos que eu esqueci de ler
Contudo do mundo nem quero saber

As minhas idiotices é uma forma de esquecer
Tudo aquilo que aprendi ser (com você)
Me diz como que eu vou poder respirar
Se sem você perdi todo meu ar
(meu ar..., meu ar... ar...)












... mas nem saiu.

sábado, 29 de agosto de 2009

Sumir.

Desliguei o meu celular só para não me achar, tenho que confessar que na minha casa pra você eu não vou estar, não é que eu ande ocupada, eu só estou sumindo por um tempo, e eu realmente sei que não liga.
Não sei por que insisto em sumir pra você, você some de mim, e não importa se estou nas avenidas do centro ou se estou só aqui, na “minha” vila.
Eu poderia abrir mãos de varias coisas só pra olhar um minuto pra você, mas preferi olhar pra mim, ver novos rostos e horizontes, o seu quintal nunca foi o melhor daqui.
Sorrisos fajutos eu consegui de monte só de andar em uma rua badalada, parecidos com o seu e até mais abertos.
Não, não quero ser franca e nem cruel demais, só que às vezes as suas manias irritavam-me, ainda irritam e o modo de querer, era tão insensato.
Estou farta de tentar, e tentar o que não se consegue, o melhor é viver com ou sem alguém.

Um conto, um fim.

- Quando você acordar amanhã, não me encontrará na cama.
- Então não hei de dormir!
-Você sabe que mais cedo ou mais tarde eu vou ir, só não quero ver as suas lagrimas, mas se quer que seja tão duro assim, então posso partir agora, as malas estão prontas.
- O por que de tudo isso?
- Estamos errados, sempre estivemos, mentimos pra nós mesmos, e eu não suporto mais isso.
- Eu ainda consigo te amar, mesmo com todas as mentiras.
- Mas eu não. Acredite, vai ser melhor.
Lembro dele anunciando em tom brando o nosso fim, dos nossos erros eu sempre soube, começar um amor pra esquecimento de outro, já é uma falha. Mas era isso que nos fazia um casal, os nossos erros em comum, a nossa omissão.
Às vezes sonho com as nossas conversas, na verdade as conversas que imaginava que teríamos se ele atendesse aos meus telefonemas.
- Olá, só queria me desculpar.
- Eu só queria dizer que te amo, que não está sendo fácil sem você, Lud.
-A gente pode conversar?
- A gente pode voltar?
E nessa minha imaginação, eu lhe dizia um sim, mas não foi assim, foi assim:
- O numero chamado não pode atender no momento, deixe seu recado após o sinal.
-Amor, por favor, atende, eu sei que está aí, você não sabe o quão difícil está sendo sem você.
Depois de alguns meses descobri que ele não estava mesmo, conheceu uma moça nessas saídas, e eu tão tola deixei de sair e ver o mundo, pra ligar pra ele, as coisas acabam muitas vezes, e nós ficamos aqui, não aceitando os fatos.
Eu ainda não sei se aceitei, as lembranças atormentam-me, continuo sonho com o rosto dele, e ele já tem relações com outra.
Sempre assim, um conto, um fim.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pequena Felicidade.

Cansei-me dessas musicas tristes, elas de alguma forma acabam comigo, e mesmo assim continuo a ouvi-las, quando não as escuto, suas notas ficam dançando em minha cabeça, fazendo com que o meu ar fique turvo.
Não, eu não entendo como simples melodias podem me trazer repentinas tristezas, sendo que nunca vi algo infeliz ao ouvi-las, como se ela resgatasse uma memória que nunca existiu.
Queria saber descrever como me sinto, e o que me vem na cabeça, mas antes que consiga, todo o sonho se desfaz e vira brisa, uma brisa suave e dolorosa, como se ao chegar em minhas faces ela virasse dedos e me desse uma bofetada, pode chamar-me de louca, pois sou totalmente inconsciente dos meus atos ao ouvi-las, dá uma vontade de dançar e chorar, mas não é um choro de alegria e sim de desespero, ela acaba comigo, e nem os meus ídolos geniais saberiam como é sentir.
Sentir o que não se sabe o que se é, sentir um vazio, e saber que nada completa esse vazio, e ele vai aumentando a cada nota, como se o piano sugasse todas memórias felizes, como se o piano esmagasse essa pequena chamada Felicidade.
“Felicidade! Felicidade! Onde estás?”, chamo e não consigo respostas, e a musica acabando e a minha vida se esvaindo, e de repente ao ultimo toque, a Felicidade volta e tudo é esquecido.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Uma bela mentira.

E ele não era tão diferente assim, adorava sorrir, contudo sempre fingia estar feliz, tentava aceitar as suas vazias memórias e inventava algumas felizes para suportar dias com chuva. Gostava de sentir a chuva sobre a sua nuca, e depois se achava purificado, renovado, até descobrir que a ferida continuava ali.
Já estava cansado de amores mal resolvidos, e ficava com qualquer só por diversão, por mais uma noitada com algum prazer fugaz e até mesmo pra se sentir vaidoso, e ninguém conseguia notar que aquele corpo só era de mais um morto.
Era fútil e não suportava saber que todos os seus passos deixavam erros, queria desfazer todo o passado, como se desfazia dos falsos belos sorrisos que distribuía por aí e, realmente estava cansado de sorrir.
Estava cansado de gostar pouco, queria sim, saber como é gostar, estar realmente afim de alguém e de ver como as horas podem passar de pressa.
Olhava-se no espelho e via somente uma beleza cinza, depois a imagem se distorcia para o menino que era em cima da arvore, e destruía a maquiagem feita para esconder sua face, se realmente tivesse face, era somente um monte de belas mentiras.
Seus olhos já turvos escondiam a verdadeira cor, era como um mar poluído, quem olhasse podia ser puxado pelas algas, e comido por tubarões. E era com esses olhos turvos que ele prendia almas e depois as devolvia estilhaçadas.
Algumas vezes se sentia garboso e sedutor, gostava de destilar e de afeto em publico, a boemia e urgia eram parte de sua vida.
E o que foi feito desse rapaz? Ninguém sabe mais, talvez tenha se perdido em todas as batidas, ou tenha mudado de vida e feito da sua historia um enigma.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Discrepâncias

Seria mais fácil deixar você partir
Eu sei que é muito mais difícil pra mim
Ver você aqui e não poder roubar o seu sorriso
Não é algo tão pacifico assim

Eu queria dizer que todo o amor morreu
Contudo percebo que ele nunca nasceu
Nasceu em mim, mas em você não cresceu
E todas as esperanças, não teve nem infância

Se me ouvir prometa que vai pensar em mim
Pense no que eu dizia, antes de ir dormir
E tente ao menos me ouvir
Diga que não vai silenciar assim

Sem respostas certas para nós
E, por favor, não me esqueça nos seus lençóis
Não me deixe tão só, não me deixa no pó
Nas suas lembranças, na nossa discrepância



Inspirado em histórias não tão minhas.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Para que serve os amigos?

Perguntaram-me para que serve os amigos, eu em tom de sarcasmo disse que os que moram em outra cidade ou estado serviam para hospedarem você quando quisesse viajar, e depois acrescentei que serviam para ficar horas e horas na Internet agüentando você e todas as suas histórias, depois com um ar de pretensão me perguntaram para que serviam os que moravam por perto, confesso que demorei para responder e depois olhando para o nada, falei: esses servem para irem aos piores e melhores lugares com você, para falarem que você está maravilhosa quando você se sente o ser mais feio do mundo, ou simplesmente para dizerem que você é um retardado, para fazer você ficar a madrugada toda acordada ouvindo ou falando do sexo oposto, ou simplesmente assistir um filme em silencio, servem também para dividir a comida do dia anterior, ou ficar deitados cada qual em um sofá discutindo filmes, religiões, times, livros ou zoando o seu gosto musical, para fazer você rir, para ensinar novas culturas e fazer você dançar coisas novas, pagar um mico ou fazer piada dos seus tropeços, amigos não servem para tirar você de uma briga e sim, para entrar nela quando você estiver perdendo, servem para sorrir para você quando o dia está um caos, ou simplesmente para não dizer nada, só ficar ali do seu lado ouvindo músicas ou olhando para o acaso, para dar a mão ou falar que vai ficar com você mesmo que tudo dê errado; depois de toda a minha longa discussão, a mesma pessoa que havia me perguntado sobre amizade, perguntou-me do por que então eu me mantinha sozinha as vezes, e eu simplesmente lhe disse: para poder perceber como é vazia a vida sem amigos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O que fazemos

Somos o que fazemos. Sempre me diziam que devemos fazer o que nos faz bem, que devemos pensar antes de fazer com o próximo o que não queremos que façam com a gente, e eu não entendo, então, por que muitas pessoas fazem as outras chorar, por que machucamos quem gostamos, por que gozamos com uma fraqueza alheia, e por que, por muitas vezes, não protegemos quem se ama.
Os mais velhos vivem dizendo que somos todos iguais , e eu nunca compreendi do por que então que existi os ricos e os mendigos, por que existem países desenvolvidos e por que as pessoas passam fome.
Muitas vezes eu me perco, sempre me ensinaram que no céu existe um Deus, e eu até acredito, só que duvido quando vejo essa maldade sem fim, por que ele nunca puniu os homens que plantam isso, por que ele não tira todo erro do mundo? Contudo ao pensar sobre tudo isso, percebo que a culpa não é Dele, a maldade não é dele, os erros não podem ser retirados, todos erram, e eu não suporto lembrar que eu erro também.

sábado, 6 de junho de 2009

Sombras.

Caminhando pela garoa via milhares de corpos correndo desesperados pelas avenidas, não entendia o porque, sempre me disseram que a chuva purifica a alma, será que ninguém além de mim naquela avenida tinha uma alma imunda? Imunda por acreditar em palavras e por ser ingênua ao achar que pessoas cínicas não existem.
De repente olhei para a sombra e vi a minha sozinha nos muros pichados, nem um espírito para acompanhar, por mais que pareça loucura, esses dias um anjo, não sei se do mal ou do bem, me acompanhou, eu senti suas mãos segurando as minhas, eram acolhedoras ao mesmo tempo horríveis, eram tão quentes que ao se misturarem com o meu calor, me queimavam.
Sempre preferi os anjos frios, se é que são anjos, não me queimam, contudo não sei o peso de suas almas, me disseram que mãos frias era sinal de coração quente, e vice-versa, analisando desse lado me chamaram de desprovida de sentimentos. As vezes queria não ter um coração e assim não sentir aquela dor medíocre que se tem quando se ama.
Falaram-me também que ciúmes não é sinal de amor, ou seja, acho que nunca amei mesmo, se tudo o que sentia de dor era um infantil ciúmes, daqueles bobos que você sente vontade de sair gritando e batendo em quem for, porque de resto não foi nada tão surreal assim, sempre pensava nos outros mesmo.
Recordo agora os meus casos de meninice, minha tia me ofereceu achocolatado, e eu lhe disse que tomava “Nescau” com água, foi a pior experiência, porque achava que se tomasse o leite os outros não teriam o que tomar, engoli tudo e foi ai que descobri que existia outra caixa na geladeira, desde essa época fazia alguns sacrifícios e ainda continuo sendo chamada de egoísta.
As vezes sou chamada de esquisita, sendo que deveria ser chamada de desorganizada, nem os meus pensamentos andam em ordem, eu não sou mais capaz de dizer quais sentimentos são ilusões e outros quais são verdadeiros, o que sei das minhas incertezas, é que vou seguindo somente com a minha sombra naqueles muros.

sábado, 30 de maio de 2009

O que se perdeu.

Sempre dizia pra olhar pro céu, e hoje, eu realmente não vejo um motivo para sentir o vento só para olhar as estrelas.
É complicado tentar encontrar o que não sabe que se perdeu, e ainda ver que não tenta ter uma palavra gentil, não tenta resgatar os dias em que os pés gelados pareciam ser confortáveis e não incomodavam só porque tinha o outro por perto, tinha com quem falar bobagens.
Como se o conto tivesse acabado e sobrado um terrivel e sombrio silêncio, como se o disco tivesse parado de tocar, e o filme se tornado mudo e sem cor.
Agora não vejo mais um modo de acreditar que posso não ter medo das chuvas, e nem que exista um sol caminhando enquanto o verdadeiro sol está escondido por entre as nuvens.
Ando sob as ruas sozinhas, e vejo somente ao meu lado a minha sombra, antes podia sentir a proteção mesmo não tendo-a e só rezo para o vento fazer voltar.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Um breve post dos 16

Hoje faço 16 anos e não vejo mudanças, as pessoas costumam comemorar, mas até hoje não entendi o por que da comemoração, envelhecemos.
As pessoas dizem que é por mais um ano de vida, e que temos que crescer, contudo, não quero, são muitas responsabilidades a cada ano.
Não que não esteja feliz, na verdade estou, porém tenho medo do que possa vir.


beijos


E Parabéns para mim=] (bem idiota)

domingo, 10 de maio de 2009

A dona do Sorriso

O que dizer de uma pessoa que mesmo tendo problemas, para só para ouvir os seus,que trabalha o dia inteiro só para poder dar as coisas para você, que mesmo vendo os seus erros, lhe dá um sorriso e um abraço carinhoso, que sempre tem uma palavra de conforto e que mesmo toda ocupada pára tudo só para ouvir como foi o seu dia.
Podemos dizer que mães são loucas, mesmo quando elas engordam por nossa culpa, elas só nos oferecem palavras doces, mesmo quando a fazemos ter dores, elas continuam sorrindo e quando nascemos, carecas, desdentados e chorando, elas nos olham e dizem que somos “a criatura mais linda do mundo”.
Não são perfeitas, ninguém é, contudo, são nossas heroínas, e como homenageá-las?
Não existem palavras que possa fazê-las, o que posso dizer a minha amada mãe é um grandíssimo AMO VOCÊ.
Então hoje, homenageie, essa que sempre está ali, ouvindo e apoiando você, essa que é a dona do sorriso mais sincero por você.

Erguer minhas armas

Um amigo mandou-me um texto do qual nem lembrava mais que era de minha autoria, apesar de antigo e esquecido, adoro-o.Ah... e obrigada Pedroca por lembrar-me.




Outra vez adormeci chorando,dessa vez a dor foi mais intensa,duvidas me assombram,um verdadeiro pesadelo esta passando aqui dentro.
Não sei se você poderá me ouvir se você conseguirá me entender,não sei,sei que todo o amor que eu tenho na alma esta se esgotando pouco a pouco,como um nada,esta oco aqui dentro.
Meus sonhos,ah,esses já se foram pra um lugar que eu não sei se acharei, mas ainda lembrarei do seu sorriso,lembrarei da sua voz no meu ouvido,lembrarei de coisas que não deveria lembrar,porque sei que tudo isso há de me atormentar,só sei que não estou feliz nesse lugar,sem você pra me orientar,sem você pra me falar verdades que nunca gostei de escutar,as vezes acho que sou forte o suficiente sem você, que poderei te esquecer e depois descubro que você é a minha asa,é o que me faz querer voar,é você que eu guardo no peito,que eu espero no leito para tudo acabar Sabe,sinto-me só,talvez esteja me fechando e nem ao menos os anjos conseguem me ajudar,mas eu queria que soubessem o quão difícil é pra mim t enho medo de me decepcionar,tenho a certeza que mais cedo ou mais tarde isto acontecerá e por isso ando me afastando de tudo e todos,e sei também que posso machucar algum coração por isso me afasto cada vez mais,pra que fingir ter força e coragem se ao menos consigo erguer minhas armas?

sábado, 9 de maio de 2009

Ver o sol


Quero sair por estas avenidas, sem medo de toda a agitação, e celebrar o que mais de bonito a vida me dá.
Quero sorrir, quero brincar, quero rir tanto até cansar, não quero ver a vida passando aqui, quero quebrar tudo o que me prende, não me importa se ontem o dia foi cinza, quero ver o hoje, o agora, eu quero o sol reluzindo sobre a minha pele. Não importa se não deu certo dessa vez, quero tentar, quero me machucar até conseguir, talvez dê na outra ou na outra, não importa.
Eu quero sair de um labirinto abstrato, ver o mundo azul, quero o gosto doce na minha boca, quero amigos reais, que digam coisas bonitas e reais, que me dêem alegria e provas de quão maravilhoso o mundo pode ser.
Já não interessa o que não deu certo, só não era pra ser, talvez o que eu queira agora não seja tão certo, mas é a tentativa de potencializar o que acredito ser feliz.
Quero bons amigos, um amanhecer tranqüilo e grandes sorrisos sinceros.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Um motivo pra sorrir

E só queria um motivo pra sorrir, procurava em todos os cantos uma alma que lhe emprestasse uma gota de alegria, acreditava mesmo que alegria era como um perfume que podíamos exalar por ai, queria acreditar, mas não conseguia, como não conseguia a alma que lhe faria sorrir.
Nunca acreditou na magia que o mundo podia ter, contudo estava sempre ali, implorando para acreditar, querendo ver uma luz, querendo que a dor de dias frios saísse do seu verão, desejava o verão.
As flores que via não eram iguais as que tinha sonhado, iguais as dos anos em que sempre tinha um beijo na face, queria voltar para essa época, em que tudo era engraçado e seguro.
Quando o frio passava por sua pele percebia o porque em muitas noites dizia que era melhor a morte, e quando pensava no alivio de uns se ocorresse, decidia viver.
Sinceramente, só queria se achar e ver um céu azul como deveria ser, só queria um colo e um sentimento, amor.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Vidas

Esses dias andando por estas ruas empoeiradas, lembrei-me de uma menina com quem eu estudava no primário.
Recordo-me como se fosse ontem a sua humilde casa e a felicidade de sua família com tão pouco, era só um quarto e cozinha, eram em seis irmãos, seus pais sem muito estudo trabalhavam e os sustentavam com dificuldade, apesar de toda aquela pobreza existia a felicidade, o amor, eram pais e filhos juntos, tudo o que eu sempre quis, uma família grande.
Nunca vi a dificuldade, que ela via, bater em minha porta, contudo nunca tive irmãos e pais que sorriam assistindo a tv naquele quarto apertado, ainda me lembro do quarto, cheirava a madeira por causa do piso e tinha o teto baixo e uma pequena janela, mas que pegava quase todo o cômodo.
Lembrando disso me venho uma saudade, saudade do que eu nunca tive, saudade de um riso de criança e senti falta do que é real também, saudade do cheiro de tabaco que tinha os abraços do meu pai e dos meus ursos espalhados pela sala.
A vida é uma só e nessa vida existem varias vidas, olhando para trás não sei qual vida foi a com mais sorrisos, a da menina do meu primário ou a minha.

domingo, 22 de março de 2009

Silêncio

E ela disse com um meio sorriso: “ Eu cansei de ser o nada,aprendo a viver sem você”.
Em frações de segundos o que era platônico veio pro mundo das verdades,onde nada é tão puro assim,e ela descobriu o que é chorar sem sentir coisa alguma,como é duro verdades escondidas e algumas outras contadas.
Saber o que ninguém sabia e fazer segredo do que não queriam saber não era a melhor forma de esperar ter o que queria sentir por um segundo, e por medo, guardar para si mesmo o que se ouve demonstrando um sorriso.
A alma já apodrecida por remorsos e pulsantes melodias,um som cortante escapando pela garganta e o doce palpitar de um órgão que já não sabe-se a função,milhares de facetas e corpos multicoloridos,mas nenhuma com vida.
“Eu só quero sumir,os gélidos domingos me depreciam.”,disse ela em um suspiro,como se tivesse dizendo a si mesmo,tentando esconder tudo o que se passou por segundos e em uma corrida sem explicações foi-se embora.
O que havia acontecido ali,pensou,era algo do passado,contudo,depois de uma noite percebeu que não era assim.
Ao se levantar observou que os pensamentos não foram ditos e a pequena frase não tinha valor,era como se só não quisesse a amizade e provou o gosto amargo das palavras.
Foi assim que percebeu que as vezes o silencio pode ser a melhor opção,embora doloroso.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sorte

“Você só não tem sorte no amor”.Disseram-me nesses dias quentes,a principio não parei para refletir embora a frase tenha ficado na minha mente.
O amor não é um jogo pra se ter sorte,quando se vê esta amando sem nenhuma explicação,nos tornamos altruístas e comediantes só para o bem de quem se ama,arranjamos paciência e apelidos bestas,dizemos que vai ser eterno e se não é recíproco queremos nos matar,certo que nem todos,mas os extremistas sim .
Alguns sofrem,outros se declaram,há aqueles que logo esquecem e os desprezados,mas ninguém nega que a maioria ama,pode ser materno,fraterno,paterno,eterno ou até mesmo secreto.

Há quem ama o passado
E há quem ama o presente
Há quem ama o futuro
E há quem ama gente
Há quem diga que nunca amou
E há quem diga que ama com todos os dentes
Há quem expressa com os olhos
Há quem expressa de jeito ardente
Há quem se cora ao dizer
E há quem diz sem se aborrecer
Há quem ama no plural
E há quem um só sem nenhum mal.
O seu amor pode ser sua cama
Mas nunca diga que há ninguém ama.

“Amor,minuciosa flor com ardente odor,que quando se sente entorpece seja quem for. Não diga que não és maravilhoso,não diga que quando se ama torna-se tolo,é só o amor,é só o amor.”

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Talvez seja isso

Um dia um jovem sonhava,e nesse sonho alguém o narrou lhe mostrando o que ele nunca imaginou,um futuro diferente:
“Oi,esperava por você,venha!
Jogue fora as suas mentiras e venha andar comigo,veja como a areia é quente e fofa,Deus é tão perfeito,como ele pode fazer algo tão áspero ser macio?
Veja aqui já não tem mais água,mas não se preocupe,o mundo esta acabando e ninguém liga,por que você deveria se preocupar?Só ande comigo e veja o que esta ao seu redor.
Veja,um pequeno grupo de gaivotas depredadas,elas já não comem,não porque não querem,mas porque não tem peixes,não tem oceanos. Lembra-se das baleias,elas já não cruzam os oceanos,e nem outra espécie. Os pingüins e os ursos perderam os seus Icebergs,junto os leões marinhos.
Não fique em pânico,o céu agora tem outra cor,cinza e as vezes laranja,ele nunca mais conseguiu ser azul.
Ó!Vamos para casa,quero que veja algo,já viu o que temos de mais belo aqui fora.
Olhe-se no espelho,o que vê?Um cadáver sem cabelos que ainda vive?
Não,você não tem câncer,talvez possa ter de pele mais pra frente,ou no rim,acontece é que você não tem comida e nem água,sem água, sem comida e sem cabelo,sei que não entende o porque o seu belo cabelo se foi,é que a gente teve que raspar,todos nós,mas não se preocupe,volte pro seu passado,vá dormir,e se futuramente os seus netos perguntarem sobre as baleias ou os pingüins,não chore por saber que foi você a pessoa culpada de os destruir.”

sábado, 31 de janeiro de 2009

Invisível como a brisa

“Quem sou eu?”, às vezes me pergunto e nunca acho algo concreto.
Talvez seja assim,tão sem respostas porque humanos vivem em constantes mudanças.
Tenho alguns atos tão humanos,tão previsíveis,sempre coro quando sinto vergonha,fico pálida quando tenho medo,e acelera o meu coração quando estou ansiosa.
Poderia me descrever como sendo mais um alguém que anda pelas ruas e avenidas procurando a melhor brisa,e um sorriso acolhedor,no entanto,poderia dizer também que sou uma junção de todos os dias vividos,de todos os livros lidos,de todas as musicas escutadas e de tudo o que me foi ensinado.
Claro que durante toda essa jornada algumas lágrimas caíram,alguns machucados foram feitos,algumas amizades feitas e desfeitas,e a saudade da infância se prolonga a cada dia.
Algumas frases não me dizem nada e outras me dizem muito,só que nada me descreve por concreto,pois o concreto se limita,e eu ainda quero ser como a brisa,invisível mas que sente e toca a vida.

"Sou um nada quando a escuridão aparece e os olhos já não podem enxergar."

sábado, 17 de janeiro de 2009

Egoístas

“O mundo é egoísta”, dizia ele,realmente,sempre esteve certo,talvez eu seja mais uma,pois sou incapaz de conversar por trinta minutos constantes com a mesma pessoa sem me entediar.
Sempre quis alguém do meu lado,mas como isso seria possível,se não consigo me interessar por ninguém.
Gosto de um pouco de mistério e individualismo,mas depois de algumas conversas acabo sabendo demais e me sinto invadida,por que não podem me fazer um pouco só?Por que não podem me privar de algumas historias?É tão difícil assim fazer isso?
Algumas pessoas me sufocam,outras não me atraem e há aquelas que me encantam por um período de tempo,só que logo eu desencanto e começa a frustração tudo outra vez.
Sabe,me sinto velha demais,considero a maior parte das pessoas da minha idade idiotas e é tudo tão colorido que me agride.
Precisava só do Carmim,preto,branco e alguns derivados das duas ultimas,um pouco de verde e só,nada que fosse tão psicodélico e meigo.
Odeio o meigo e coisas efusivas,abraços demais,beijos demais,palavras demais.
Quando se têm palavras demais,começam a existir verdades demais,até as que não aconteceram,essas chamam de mentiras,mas as chamo de verdades que esqueceram de acontecer.
Foram um punhado delas que me tornaram mais fria,elas e mais alguns fatores,como palavras amargas.
Começo a crer que pessoas amargas só se tornaram assim porque foram minimizadas com palavras cruéis dos mesquinhos das quais elas apreciavam,as vezes nem são palavras e sim um olhar,um ato,e acredite,dói muito mais.
É,a vida é assim,e embora tentamos evitar,é inevitável,as coisas tendem a acontecer,algumas fazem buracos nos sentimentos e nos tira um pouco de vida,mas quando envolve pessoas,sempre vamos nos machucar,porque pessoas são egoístas.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Homo sapiens sapiens

Esses dias me falaram que nós seres humanos ao mesmo tempo que somos diferentes,somos iguais.
Somos diferentes em termos culturais,gostos,educação e pensamentos,mas somos iguais em sentimentos,pois todo nós pensamos,amamos,choramos e sentimos dor.
Dizem que os homo sapiens sapiens são os seres vivos mais inteligente na terra,mas ao mesmo tempo que estamos no topo da cadeia evolutiva ainda temos muito o que evoluir.
O grande problema dos seres humanos é o egoísmo,somos incapazes de tentar enxergar o lado das pessoas que nos cercam,machucando-as na maioria das vezes.
Dizem que ser sincero é essencial,mas se fossemos sinceros com tudo e todos,acabaríamos com o dia de alguns,ou até mesmo com a vida,as vezes mentir um elogio ou omitir uma verdade se faz necessário.
Nós não somos imperfeitos,o que acontece é que nem sempre fazemos o que é certo,e o que pode ser certo pra um,não é para o outro,e seria hipócrita dizer que em uma historia só existe um lado,e somente esse é correto,é como na vida,existem várias histórias e com vários lados,só devemos escolher qual lado seguir.
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Cometi muitos erros para chegar até aqui,e ainda os cometerei,isso não faz de mim menos inteligente,isso faz de mim mais humano,pois agora consigo perceber o que uma palavra,ou ato pode fazer com sentimentos e não aprendo só comigo.
Aprendo vendo algumas pessoas errarem também,mas não cabe a mim impedir,as coisas acontecem e sem que percebemos já se é tarde para se desculpar.
Quebrar um coração ou se fazer melhor que alguém através de humilhações não nos fará pessoas melhores,e sim errantes,mas quem é que nunca errou?

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Uma frase que pretendo guardar,diz assim:
"Os gênios são verdadeiros tolos,eles não veem no que causará sua invenções,e é isso que fazem dos normais inteligentes,pois são capazes de ver o que causará suas palavras em alguém ."

E esta frase não me parece tola,pois Dummont ao ver que seus aviões seriam usados para a guerra se matou.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Individualismo dependente

As pessoas tentarem me fazer sentir mal por ter agido friamente com alguém,não mudará o meu modo de fazer,nunca fui de escutar sermões,ou conselhos,sempre gostei de fazer as coisas do meu modo,tudo somente para respirar com mais liberdade.
Não que não venha a mudar com o tempo,mas eu só preciso disso,de um tempo,preciso ficar só,sem alguém para respirar por mim,ou estar do meu lado,não,não quero me sentir só,só quero me sentir um pouco livre,só quero poder dizer que preciso de alguém para olhar por mim,ultimamente tenho sentido um pouco de falta da amarga solidão,embora esteja sempre no meu cotidiano.
Com o tempo,amarguras,ilusões,perdas e quedas tornou-me cada vez mais indivualista,e isso faz com que eu queira afastar as pessoas,estou falando sério,por causa do meu individualismo me afasto cada vez mais das pessoas,as machuco quando percebo que fazem necessario a minha amizade,não que não queira ter amigos,mas é que não quero depender e nem fazer com que dependam de uma migalha minha,é dificil de se explicar,mas não é dificil de viver,o ruim é que quando não entendem me fazem julgar,como se fosse a vilã da história.
Talvez nunca tenham vivido isso e por isso me julgam,talvez nunca enjoaram de alguém,mas eu me enjoo facilmente,embora não quisesse.
A minha sinceridade me faz autêntica,se digo que te gosto não duvides,mas quando digo que não te quero por perto,fiques por um tempo ausente,mas retorne.


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De alguns sinto falta,de outros nem tanto,não posso chamar de saudade,pois saudade é sentir falta de momentos passados,e não é isso que sinto,é como se fosse sentir falta da ausência,podendo ou não ser existente a saudade,podendo ou não ter uma história por trás,mas sempre há uma história,até o que antecede a história é história e a alguns quando digo que não sinto saudades,é verdadeiro,pois sinto a ausência,e a outros quando digo que sinto saudades é falso,porque sinto é a ausência de não ter o que nunca tive.


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Ontem foi os 16 anos da minha amiga Danielle,Parabéns!