sábado, 26 de junho de 2010

Um garotinho

E ele tinha sonhos como qualquer outro garoto de sua idade, e ele queria se sentir vaidoso, mesmo que isso o levasse a uma imprudência, ele era ele acima de tudo, acima de todos, e ninguém notava a sua sensibilidade e os seus escudos, ninguém entendia plenamente o que acontecia, ele era um turbilhão de confusões, historias, sentimentos, mistérios que não eram tão misteriosos assim, ele era dor e melancolia, ele era eufemismo, metáforas e todas as figuras juntas, e ele era perfeito nas suas imperfeições, ele era uma das figuras mais humanas que conheci.
Ele dava para o mundo o que ele podia dar, e até mais do que poderia, ele insinuava sonhos e estórias, ele era divertido, e o mundo o retraia, ele fincava e abandonava, ele era sutil e avassalador, mas acima de tudo, ele era inocente nas suas façanhas.
Se um dia, o mundo soubesse que ele era ele uma criança sem mascaras, não o jogaria ao chão, não o julgaria e o entenderia em todas as imagens e estórias, mas nem o mundo , nem ele notou e esse garoto de sonhos comum se retrai cada dia mais.

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